quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Oração abominável,

 Quando a oração é abominável
O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável" (Provérbios 28:9).
  Deus quer que seus filhos orem. A Bíblia nos ensina a orar sem cessar e a ser perseverantes na oração (1 Tessalonicenses 5:17; Romanos 12:12). Jesus disse que os homens devem "orar sempre e nunca esmorecer" (Lucas 18:1).
Contudo, a oração de alguém pode ser abominável aos olhos do Senhor. É isso que acontece quando a pessoa "desvia os ouvidos de ouvir a lei".

Desviando os ouvidos
Como uma pessoa pode desviar seus ouvidos de ouvir a lei?
1. Por escolher ser ignorante. Pedro falou sobre alguns escarnecedores que deliberadamente esqueceram dos fatos da palavra de Deus (2 Pedro 3:5). Algumas pessoas preferem as trevas sobre a luz. O pior tipo de ignorância é a ignorância voluntária!
2Pela negligência. Alguns desviam os ouvidos de ouvir a lei por negligência. São descuidadosos e não atenciosos no estudo das Escrituras. Eles deixam de cumprir alguns deveres por causa da negligência. Por que Deus ouviria a oração de alguém que negligencia a palavra dele?
3. Por desobediência proposital. Quando Jeová apelou aos israelitas para que andassem pelas veredas antigas, a resposta deles foi: "Não andaremos" (Jeremias 6:16). Eles foram avisados sobre sua rejeição intencional da palavra de Deus: "Ouve tu, ó terra! Eis que eu trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos às minhas palavras e rejeitam a minha lei"(Jeremias 6:19).

Desviando os ouvidos de Deus
Quando um homem desvia seus olhos de ouvir a lei de Deus, Deus  desvia seus ouvidos de ouvir a oração do homem! Deus recusa ouvir   aquele que recusa ouvir a Deus!
Uma oração poderia ser perfeita em forma e impressionante (aos ouvidos humanos) por sua eloqüência, mas ainda ser ofensiva ao Todo-Poderoso. "Deus olha mais para a conduta da vida do que para a linguagem da oração. Ele não aceita reverência no templo quando vê maldade na praça" (W. F. Adeney).
Louvor externo não tem valor se não haver devoção do coração. Nada impede a oração como iniqüidade. Quando o pecado jaz à porta, a passagem é interditada. Oração implica submissão. Rejeição da lei de Deus é insubmissão.
O salmista disse: "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido" (Salmo 66:18). Este princípio foi reconhecido pelo cego curado por Jesus. Ele comentou: "Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende" (João 9:31).

Louvor abominável
Isaías falou ao povo de sua época, um povo totalmente doente, que Jeová foi ofendido pelo louvor deles. Deus olhou para a sua decadência espiritual e disse: "Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue" (Isaías 1:13-15). A adoração deles foi abominável diante de Deus, porque não respeitaram a lei dele.
Deus deu uma advertência semelhante através do profeta Amós: "Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene." (Amós 5:21-24).
Quando o rei Saul desobedeceu a Deus, o profeta Samuel lhe disse: "Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros" (1 Samuel 15:22). A obediência dá credibilidade ao nosso louvor.

sábado, 25 de novembro de 2017

Quem foi Mefibosete?


Mefibosete é sempre muito lembrado em vários sermões, e, neste texto, conheceremos um pouco mais sobre a sua história descrita na Bíblia. Entretanto, antes de falarmos sobre quem foi Mefibosete, precisamos saber que a Bíblia cita dois personagens bíblicos com esse nome, ambos da casa de Saul, os quais conheceremos a seguir.


O que significa o nome Mefibosete?

Os estudiosos não chegam a uma conclusão exata sobre o significado do nome Mefibosete. Na verdade existe uma discussão acerca de como seria a grafia original do nome Mefibosete, isso porque uma pequena diferença na palavra altera bastante o seu significado.
Sabemos que o nome Mefibosete também aparece na Septuaginta (versão grega doAntigo Testamento) como Meribe-Baal ou Memfibaal (exceto em 2Sm 21:8). Devido a essa dificuldade, o nome Mefibosete originalmente pode ter o sentido de “Baal é advogado”, “herói de Baal”, “Baal contende” e, até mesmo, “aquele que luta com Baal” ou “aquele que despedaça a Baal” (cf. 1Cr 8:34; 9:40).
Além disso, a transicional do nome foi ainda modificada, onde houve a substituição de ba’al por boshet, que significa vergonha. Um exemplo disso pode ser notado na Septuaginta, onde no texto de 1 Reis 18:19,25 é dito “profetas de vergonha” ou invés de “profetas de Baal”.

Mefibosete filho de Saul:

Esse é o Mefibosete menos conhecido. Ele era filho de Saul com Rispa, sua concubina. Ele foi um dos indivíduos entregues por Davi aos gibeonitas para serem executados. O texto bíblico onde ele é citado está em 2 Samuel 21:8.

Ele respondeu: “Ó rei, meu senhor! Eu, teu servo, sendo aleijado, mandei selar o meu jumento para montá-lo e acompanhar o rei. Mas o meu servo me enganou.
Ele falou mal de mim ao rei, meu senhor. Tu és como um anjo de Deus! Faze o que achares melhor.
Todos os descendentes do meu avô nada mereciam do meu senhor e rei, senão a morte. Entretanto, deste a teu servo um lugar entre os que comem à tua mesa. Que direito tenho eu, pois, de te pedir qualquer outro favor? ”
(2 Samuel 19:26-28)
Como no versículo anterior do mesmo capítulo (2Sm 21:7) o Mefibosete mais conhecido também é mencionado, muita gente acaba confundindo-os ao não perceber a diferença entre eles.

Mefibosete filho de Jônatas e neto de Saul:

Esse é o Mefibosete mais conhecido. Ele era filho de Jônatas, neto de Saul, e evidentemente sobrinho do outro Mefibosete já citado. Sua história é marcada por tragédias e frustrações. Mefibosete tinha apenas cinco anos quando seu pai e seu avô morreram em batalha.
Sua ama, ao receber a notícia de Jezreel, tentou fugir apressadamente, porém o deixou cair de seus braços, fazendo com que Mefibosete ficasse aleijado dos dois pés(2Sm 4:4). Depois desse episódio, Mefibosete foi levado para Lo-Debar, um lugar em Gileade.
Lo-Debar ficava a leste do rio Jordão (cf. 2Sm 2:29; 17:27) e muitos estudiosos consideram que provavelmente é o mesmo lugar chamado de Debir. O profeta Amós, de forma sarcástica, faz um jogo de palavras ao usar a expressão “vocês que se regozijam pela conquista de Lo-Debar“, já que esse nome significa literalmente “coisa de nada” também no sentido de “esquecimento”.
Em Lo-Debar, Maquir, filho de Amiel, se encarregou de cuidar de Mefibosete (2Sm 9:4). Mais tarde, Mefibosete teve um filho chamado Mica (2Sm 9:12).

Mefibosete e Davi:

A história de Mefibosete realmente ganha destaque quando Davi, já estabelecido como rei de Israel, se lembrou de sua amizade com Jônatas, e perguntou se ainda havia restado alguém da casa de Saul por quem ele poderia mostrar lealdade em honra a essa amizade.
Na ocasião, Ziba, servo da casa de Saul, informou Davi sobre Mefibosete. Imediatamente, Davi mandou buscar Mefibosete em Lo-Debar, dando-lhe a ele as propriedades de Saul, permitindo que ele sentasse diariamente à mesa do rei, e ordenando que Ziba fosse seu servo (2Sm 9).
Ainda no livro de 2 Samuel (caps. 16:1-6; 19:24-30), temos o relato da traição de Ziba no tempo da revolta de Absalão. Na ocasião, Davi fugiu de Absalão e, Ziba, foi ao seu encontro levando provisões necessárias naquele momento, porém falsamente também acusou a Mefibosete de cobiçar o reino.
A principio, Davi acreditou na mentira de Ziba, e deu a ele tudo o que pertencia a Mefibosete. Então, quando Davi retornou depois da morte de Absalão, Mefibosete tratou de ir ao encontro de Davi para se defender e provar sua inocência.
Ao chegar à presença de Davi, Mefibosete foi questionado por ele acerca do ocorrido, e então ele teve a oportunidade de relatar a traição de Ziba, contando que ele havia pedido ao servo (Ziba) para que selasse um jumento para que ele pudesse viajar, porém Ziba o deixou para trás e arquitetou um plano para acusá-lo de traição.
Durante o período em que Davi precisou fugir de Absalão, Mefibosete se lamentou por ele profundamente conforme o costume da época, no caso, ficou sem lavar os pés, não lavou suas roupas e nem aparou sua barba. Essa foi uma atitude de clara fidelidade ao rei Davi, mostrando que em nenhum momento ele compactuava com o plano de Absalão.
Após conhecer a versão da história dada por Mefibosete, Davi acreditou nele, porém ainda assim propôs que os bens herdados por Mefibosete agora seriam divididos entre ele e Ziba. Surpreendentemente, Mefibosete abriu mão de tudo, ou seja, deixou com que Ziba ficasse com todos os bens, e mostrou que sua preocupação estava concentrada apenas no bem-estar de Davi (2Sm 19:30).
No diálogo com Davi no capítulo 19 do livro de 2 Samuel, podemos perceber o tipo de caráter que Mefibosete tinha:
Ele respondeu: “Ó rei, meu senhor! Eu, teu servo, sendo aleijado, mandei selar o meu jumento para montá-lo e acompanhar o rei. Mas o meu servo me enganou.
Ele falou mal de mim ao rei, meu senhor. Tu és como um anjo de Deus! Faze o que achares melhor.
Todos os descendentes do meu avô nada mereciam do meu senhor e rei, senão a morte. Entretanto, deste a teu servo um lugar entre os que comem à tua mesa. Que direito tenho eu, pois, de te pedir qualquer outro favor? ”
(2 Samuel 19:26-28)
Os relatos sobre Mefibosete terminam no episódio já citado acima no tópico sobre o outro personagem com esse nome, onde Davi o poupou de ser morto juntamente com sete membros da família de Saul (incluindo o outro Mefibosete) entregues aos gibeonitas (2Sm 19:24).

Os sermões sobre Mefibosete:

Apesar da história de Mefibosete ser muito utilizada em pregações e canções, poucas vezes essa parte da história descrita nos capítulos 16 e, principalmente o desfecho dela no capítulo 19, é lembrada pelos pregadores e compositores.
Infelizmente, as pessoas se lembram de Mefibosete apenas nas pregações sobre prosperidade. É fácil pregar sobre o homem aleijado que foi tirado de um lugar de esquecimento para receber uma herança real e possuir uma posição privilegiada na corte se sentando à mesa do rei. Difícil parece ser pregar sobre o mesmo homem aleijado que, agora traído por seu servo, mesmo sendo inocente se viu obrigado a dividir sua herança com o servo traidor. Mais difícil ainda é pregar sobre sua atitude de abrir mão de todos os seus bens materiais, não se importando que seu inimigo ficasse com tudo o que era seu.
Realmente a história de Mefibosete nos proporciona um grande sermão, não sobre prosperidade, mas sobre o caráter de um homem que, apesar das tragédias e dificuldades, permaneceu fiel aos seus princípios.

Os traumas da vida de Mefibosete


Texto chave - 2 Samuel 9:1-9

O que é trauma?

A palavra trauma é oriunda do vocábulo grego e mantém um significado de ferida. Já no contexto psicológico o trauma é considerado como uma interferência forte o suficiente para não permitir que uma ação original aconteça, tendo assim a capacidade de mudar o rumo, o direcionamento da vida de uma pessoa, de forma que esta pessoa seja afastada por forças externas de seu projeto de vida.

A história de Mefibosete

A Bíblia narra em II Samuel a história de um homem chamado Mefibosete, filho de Jonatas, filho de Saul, um príncipe, homem de descendência real que quando criança é acometido por um acidente e se torna aleijado (IISm 4: 1-4). Uma interferência forte começa então a mudar a história dele, o seu projeto de vida, tudo aquilo que seu pai tinha sonhado para ele.

O que tem te afastado da posição de príncipe? Uma queda (pecado), forças externas?

Ele é o que podemos denominar O COLECIONADOR DE TRAUMAS, toda a sua vida foi marcada por decepções, perdas irreparáveis, frustrações e angústias. O histórico de vida dele nos mostra que os traumas começaram na sua infância.

O significado do nome Mefibosete

 

O primeiro nome dele tinha sido meribe-baal (O senhor contende) mais por causa da semelhança ao deus dos cananeus, logo seu nome foi mudado para ISHBOSET (homem de vergonha) algum tempo depois surge Mefibosete (alguma coisa indigna/ exterminador da vergonha)
O príncipe, herdeiro do trono, agora é um homem envergonhado, detentor de traumas, cheio de frustrações.

Os traumas da vida de um 
Príncipe

1- O trauma físico 
(II Sm 4) – O trauma físico sofrido por Mefibosete impedia que ele exercesse a posição de guerreiro, de valente. Geralmente todos os príncipes em Israel tinham que ir a guerra,empunhar suas espadas, defender o rei, Ele não conseguia, imagine a frustração de ver todos os seus irmãos irem à batalha vestidos com armaduras, e ele sozinho não poder ir. O trauma físico veio acompanhado de outra notícia bombástica, de uma dor terrível.

2 - O trauma familiar 


Imagine alguém chegando à porta de sua casa gritando: TEU PAI É MORTO E TODOS OS SEUS FILHOS E SUA CASA, essa noticia chegou aos ouvidos dele, um novo trauma, uma dor ainda mais forte, Naquele momento passava a estar sem pai, sem irmãos sem ninguém.

3 - O trauma emocional

As dores físicas e familiares causaram nele uma dor emocional profunda, a ponto dele mesmo olhar para ele como um cão morto. Um dos mais inferiores tratamentos em Israel era ser chamado de cão ou cabeça de cão. Agora imagine a própria pessoa se autodenominar CÃO MORTO. (II Sm 9:8) Ser chamado de cão morto dava a ideia de ser imprestável, miserável e sujo (II Sm 16:9) O Senhor Jesus disse certa vez: vinde a mim todos os cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei.

4 - O trauma social
Em conseqüência do trauma físico e familiar Mefibosete é levado a um lugar denominado LÔ DEBAR (sem pasto/ lugar do esquecimento) um lugar onde ovelha nenhuma poderia viver. Uma cidade destinada aos doentes, aos miseráveis, cegos leprosos enfim os emprestáveis. Foi no lugar do esquecimento, no meio deste cenário que Mefibosete viveu por quase vinte anos. Ele era um homem que tinha nascido para viver de tragédias, ou melhor, não viver. Ser esquecido é um dos piores sentimentos sociais que alguém pode sentir. Mas o Senhor não nos esqueceu. Em Lc 19:10 o pastor vai em busca da ovelha perdida, num lugar sem pasto, ou seja, em lô debar. O rei Davi se lembrou da aliança que tinha feito com Jonatas. Jesus te lembra hoje da aliança feita com você. O posicionamento de Davi foi semelhante à ação de Jesus. ( restituição)

5 - O trauma espiritual-
Os complexos, feridas na alma causaram na vida de Mefibosete uma idéia de escravidão, ele perdeu a posição de príncipe, todos os bens de sua família, passando a ser escravo de seus traumas. Ele talvez tinha esquecido da ação de Deus, talvez este não se lembrava mais das vitórias que Deus tinha concedido ao seu pai Saul.
Ele era oprimido espiritualmente,e andava se arrastando sem FÉ alguma. Alguns homens de Deus, também, passaram por grandes crises e traumas, o próprio Davi nos salmos narra suas constantes aflições (Sl. 57:6/ Sl. 38:8/ Sl. 69:29)
Diante de tudo isso, de todas as frustrações o Rei olha para um homem lançado ao chão, no meio da amargura e vê um príncipe, foi assim que Davi olhou para Mefibosete. A Bíblia ao narrar os milagres de Jesus diz que ELE fitava os olhos nas pessoas, fixava os olhos e dizia a tua fé te salvou. Deus não te vê como um derrotado, como um aleijado, mas sim como um príncipe. O próprio Davi tinha saído de um lugar de esquecimento e foi posto como príncipe.

A restauração de Mefibosete

A restauração começa em Jerusalém, Ele foi levado do lugar do esquecimento a uma terra de paz (Jerusalém) A restauração na sua vida pode começar com os princípios existentes na ação de Mefibosete:

1- Mefibosete foi ao Rei como estava. 

A bíblia narra à história de uma mulher sírio-fenícia que foi até Jesus e se humilhou na presença dele de maneira semelhante à ação dele.

2- Mefibosete reconheceu sua situação. 

Para que haja restauração é necessário reconhecimento, confissão. Davi enquanto não reconheceu seu estado, seu pecado tinha os seus ossos envelhecidos (Sl 35:2) O povo de Israel precisou reconhecer sua situação de escravidão para que houvesse restituição

3- Mefibosete estava cheio de temor. 

O temor no Senhor é fonte de sabedoria (Pv. 9:10). Precisamos entrar na sala do trono, diante do REI com temor (Sl 19:9) Assim, faziam os sacerdotes quando entravam no santo dos santos.

A partir do dia em que Mefibosete entrou na presença do rei, ele passou a comer pão continuamente na presença do REI, os seus termos de possessão foram restituídos, o homem que tinha perdido a posição de príncipe e se tornado escravo é novamente colocado como príncipe, como um dos filhos do Rei.

domingo, 8 de outubro de 2017

Como me preparar para a volta de Jesus?

Como me preparar para a volta de Jesus?
A melhor maneira de preparar-se para este glorioso evento, que será a volta de Jesus, é estando em Cristo, comungando com Ele e permanecendo NELE:
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. (2 Coríntios 5:17 RA).
“Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim”. (João 15:4 RA).
É fundamental também que perseveremos (leia Hebreus 12:1) em seguir ao Senhor. Não devemos permitir que os problemas da vida e as provações nos façam esmorecer na fé, pois:
“Todavia, o meu justo viverá pela fé; e: se retroceder, nele não se compraz a minha alma”. (Hebreus 10:38 RA).
A fim de permanecer em Cristo, primeiramente a pessoa deve crer em Jesus e aceitá-Lo como seu salvador pessoal:
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:16 RA).
A aceitação de Jesus e seu sacrifício é evidenciada pelo batismo por imersão:
“Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado”. (Marcos 16:16 RA).
Se você ainda não deu esse passo, deverá fazê-lo.
Também é recomendado (pelo próprio Jesus) que vigiemos, ou seja, que tenhamos cuidado em aperfeiçoar pelo poder de Deus nosso caráter para que estejamos atentos aos sinais da volta de Jesus:
“Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor”. (Mateus 24:42 RA).
“Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá”. (Mateus 24:44 RA).
“Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima”. (Lucas 21:28 RA).
Em suma, para preparar-nos para volta de Jesus devemos:
1)      Crer nEle e aceitá-Lo como salvador, evidenciando tal disposição através do batismo;
2)      Permanecer nELe, perseverando em estudar Sua Palavra e em nossas orações;
3)      Perseverar;
4)      Vigiar;
5)      Ir à igreja (Hb 10:25)
Qualquer coisa que façamos de modo que estejamos investindo em nossa vida espiritual, contribuirá para nossa preparação.
E você? Porque não permite que Jesus tome conta da sua vida? Porque não O aceita como seu salvador?
Você pode fazer isso agora mesmo e começar sua preparação para a vida eterna hoje.
Ele está muito desejoso de dar-lhe a vida eterna!
Tome a decisão por Jesus; Ele está esperando-lhe:
“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”. (Apocalipse 3:20 RA).
Por que o ser humano lê tanto e nunca se transforma?
Para sermos transformados, precisamos primeiramente nos colocar nas mãos de Deus. Pois, somos transformados mediante a Sua luz. A Bíblia nos diz em João 15:5: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em Mim, e Eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer”.
Esta também é uma questão de escolha; a cada momento fazemos escolhas, escolhemos a nossa roupa preferida, a nossa comida predileta, a cor que mais nos agrada, o perfume, etc..
Essas são algumas das escolhas que normalmente fazemos, muitas vezes as nossas escolhas acabam nos afastando de Cristo, pois são escolhas tolas, que fazemos sem antes consultar Aquele que tudo sabe, tudo vê e tudo conhece.
Devemos orar constantemente para que possamos escolher o caminho correto. Alguns escolhem seguir a Cristo, escolha correta; outros escolhem seguir o mundo e o que nele há.

A leitura não nos transforma, mas sim o Espírito Santo (ele pode usar a leitura para impressionar nossa mente).

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

A IGREJA DE LAODICÉIA

“Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Apocalipse 3:14-17).
Vamos analisar a PROFECIA DAS SETE IGREJAS do livro do Apocalipse para que possamos compreender o SIGNIFICADO DA MENSAGEM À IGREJA DE LAODICÉIA. Primeiramente, notemos que o NÚMERO 7 é muito significativo em toda a Bíblia, especialmente nas profecias. O Apocalipse menciona:
• 7 igrejas;
• 7 espíritos;
• 7 castiçais;
• 7 estrelas;
• 7 lâmpadas;
• 7 selos;
• 7 anjos;
• 7 olhos;
• 7 trombetas;
• 7 trovões;
• 7 cabeças (de uma besta);
• 7 coroas;
• 7 pragas;
• 7 montanhas;
• 7 reis, etc.
Como podemos ver, o número 7 é sinônimo de INTEIREZA, PLENITUDE e de PERFEIÇÃO. Estudando a Bíblia com a História, percebemos que 7 IGREJAS REPRESENTAM OS SETE PERÍODOS DA HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ ATÉ O FIM DO MUNDO, embora cada igreja da época tenha tido uma MENSAGEM ESPECIAL TAMBÉM PARA AQUELES DIAS.
O nome “Laodicéia” significa “povo do juízo”. O significado do termo em si não deixa dúvidas de que a profecia referente a tal igreja se aplica aos ÚLTIMOS DIAS, os NOSSOS DIAS, período em que COMEÇOU O JUÍZO DE INVESTIGAÇÃO NO CÉU ANTES DA VOLTA DE JESUS (ver Daniel 7:9, 10; 1 Pedro 4:17). Por isso, precisamos estar cientes de que ESTAMOS VIVENDO OS ÚLTIMOS MOMENTOS DA HISTÓRIA DA IGREJA ANTES DE JESUS VOLTAR (Apocalipse 1:7), para que nos conscientizemos da IMPORTÂNCIA DE NOS PREPARARMOS PARA O ENCONTRO COM O SALVADOR. Recomendo que leia 2 Pedro 3 – todo o capítulo – para que APRENDA A SE PREPARAR PARA A VOLTA DO MESTRE.
Laodicéia estava situada na junção de duas importantes estradas que conduziam a Colossos e Filadélfia. Era uma cidade de RIQUEZAS, com GRANDES MERCADOS, um GRANDE ESTABELECIMENTO DE CÂMBIO e GRANDES FÁBRICAS. Estava circundada por RICAS REGIÕES DE FAZENDAS, e nos VALES havia VALIOSA PRODUÇÃO DE LÃS DE COLORIDO NEGRO, EXTRAÍDO DAS VIOLETAS. As VESTES PRETAS eram usadas pelos laodicenses como EVIDÊNCIA DE SUA RIQUEZA. Possuía BANHOS TERMAIS e FONTES MINERAIS atraíam muitos visitantes da Europa e da Ásia. Uma importante ESCOLA DE MEDICINA estava situada no templo de Caru, dedicado a Esculápio, o deus grego da medicina. Relacionada com essa escola, havia uma INDÚSTRIA para a fabricação de um COLÍRIO MEDICINAL feito da famosa pedra frígia. Em virtude de sua RIQUEZA, os cidadãos eram ORGULHOSOS, ARROGANTES e SATISFEITOS CONSIGO MESMOS. A cidade em si era BEM ORDENADA E BEM-SUCEDIDA, mas isso mesmo a tornava AUTOSSUFICIENTE. Paulo provavelmente escreveu uma CARTA AOS LAODICENSES de acordo com Colossenses 4:13-16, mas essa carta perdeu-se, não fazendo por isso, parte do Novo Testamento.
A igreja de LAODICÉIA (com sua POMPOSIDADE, MORNIDÃO DE SUA ÁGUA, ORGULHO e SENTIMENTO DE INDEPENDÊNCIA DE DEUS) REPRESENTA A SITUAÇÃO DA IGREJA NOS DIAS DE HOJE, embora COMO INDIVÍDUOS POSSAMOS TER AS CARACTERÍSTICAS DE QUALQUER UMA DAS OUTRAS IGREJAS (pois ESTAMOS NO PERÍODO DE LAODICÉIA – mornidão espiritual – MAS NÃO PRECISAMOS SER LAODICEANOS!).
Entre as CARACTERÍSTICAS DA NOSSA IGREJA nesse período da história, podemos notar lendo Apocalipse 3:
a) Tem a FORMA e a APARÊNCIA DE CRISTIANISMO, mas SEM O PODER DO ESPÍRITO SANTO;
b) Se ORGULHA da poucas COISAS QUE CONSEGUIU REALIZAR e da sua RELIGIOSIDADE;
c) Não tem consciência da sua NECESSIDADE DE CRISTO;
d) Está numa SITUAÇÃO PERIGOSA, em cima do muro;
A Bíblia diz que essa situação é NAUSEANTE AOS OLHOS DE DEUS, pois LAODICÉIA NÃO É QUENTE NEM FRIA, é MORNA! (Apocalipse 3:16).
e) A sua RIQUEZA MATERIAL é visível tanto quanto a RIQUEZA DAS VERDADES QUE POSSUI, embora NÃO AS PRATIQUE. Sua RELIGIÃO satisfaz o INTELECTO, mas NÃO PENETRA NO ÍNTIMO DO SER;
f) Por causa do seu SENTIMENTO e de AUTOSSATISFAÇÃO, não HÁ LUGAR PARA CRISTO, pois NÃO SENTE NECESSIDADE DELE NEM DA SUA GRAÇA;
g) O VESTIDO DE COR PRETO era muito comum na cidade de Laodicéia. Era um SÍMBOLO DE RIQUEZA, status. Essa é a razão dos pais da igreja adotar a cor preta nas vestes dos sacerdotes, pois refletia o PODER e a INFLUÊNCIA QUE A IGREJA PRETENDIA EXERCER.
O CONSELHO DE CRISTO a esta igreja – que VIVE NUM PERÍODO DE MORNIDÃO POR CAUSA DA AUTOSSUFICIÊNCIA – é para que COMPRE OURO REFINADO NO FOGO, VESTIDOS BRANCOS PARA COBRIR A NUDEZ e COLÍRIO PARA OS OLHOS.
1) Ouro = FÉ E AMOR – Tiago 2:5.
2) Vestiduras brancas = PUREZA DE CARÁTER, a JUSTIÇA DE CRISTO comunicada GRATUITAMENTE ao PECADOR – Apocalipse 19:8; Isaías 61:10.
3) Colírio = SABEDORIA e GRAÇA DIVINA. A presença do ESPÍRITO SANTO nos ajuda a distinguir entre o bem e o mal.
Percebe em que FASE DA HISTÓRIA DA IGREJA nós estamos? NO ÚLTIMO PERÍODO, ou seja, NO TEMPO DO FIM! Irá você “comprar” o OURO, as VESTIDURAS BRANCAS e o COLÍRIO de Cristo?
Estamos vivendo no período de Laodicéia, conhecido também como IGREJA DO ADVENTO, pois é NESTE PERÍODO QUE A VOLTA DE JESUS ESTÁ SENDO PREGADA COM INTENSIDADE.
FAÇA DE JESUS O SENHOR DE SUA VIDA. Por que não toma agora mesmo a decisão de UNIR-SE AINDA MAIS A CRISTO e ESTAR PREPARADO PARA A SUA VOLTA?
Lembre-se de que APESAR DA MORNIDÃO ESPIRITUAL de Laodicéia, SEU ORGULHO e SUA JUSTIÇA PRÓPRIA, esta é a ÚNICA IGREJA TIDA COMO “A MENINA DOS OLHOS DE DEUS”. No verso 19, Ele diz: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo.” E no versículo 20 DEUS MOSTRA QUÃO PRÓXIMO ELE QUER ESTAR DE SEUS FILHOS: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” Apocalipse 3:20.
O SENHOR ENCONTRA-SE À PORTA DO NOSSO CORAÇÃO; Ele não quer nossa sabedoria, não quer nossas riquezas, nem nossa aparência de religiosidade. ELE QUER O NOSSO AMOR!
No versículo 21, somos informados a respeito de COMO DESFRUTARMOS DAS RECOMPENSAS ETERNAS que Deus nos preparou: “O que vencer”, diz Ele, “se assentará Comigo, no Meu trono.” Ou seja, A VITÓRIA ESTÁ À NOSSA DISPOSIÇÃO E É UMA POSSIBILIDADE REAL PARA A IGREJA DE LAODICÉIA.
Como vimos, não há apenas REPROVAÇÃO para nossa igreja no atual momento. CRISTO ESTÁ ANSIOSAMENTE ESPERANDO PARA NOS COBRIR COM O MANTO DE SUA JUSTIÇA. As VESTES NEGRAS dos LAODICENSES, que para eles era a PROVA DE SUA SUPERIORIDADE era, na realidade, a EVIDÊNCIA DE SUA POBREZA ESPIRITUAL. Mas o BRANCO é um SÍMBOLO DE PUREZA E VITÓRIA. CRISTO NOS JUSTIFICA POR SUA GRAÇA, PELO SEU SANGUE, ATRAVÉS DA FÉ. A GRAÇA é a fonte; o SANGUE é o meio, e a FÉ é o método pelo qual nos apropriamos da GRAÇA.
Cristo está à PORTA DE CADA CORAÇÃO, bate e torna a bater. Não BATE apenas, mas CHAMA: “Se alguém ouvir a Minha voz... se alguém abrir a sua porta, entrarei em sua casa” (Apocalipse 3:20).
Este é um belo quadro que mostra a ÍNTIMA RELAÇÃO QUE O CRISTÃO PODE TER COM O SEU SENHOR e ser transformado à Sua imagem, antes dEle voltar em glória para nos buscar:
“Esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão” (2 Pedro 3:12).
“Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis” (2 Pedro 3:14).

domingo, 13 de agosto de 2017

Lei de Deus aos Gálatas

 Lei de Deus aos Gálatas


Gálatas 2:16 – “Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei e sim mediante a fé em Jesus Cristo, também temos crido em Jesus Cristo, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo, e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.”
Paulo como que franze o cenho, olhando para Pedro e os demais apóstolos e discípulos, usando de sua fina dialética, mostra-lhes o poder do evangelho.
Circuncisão era uma exigência da Lei Cerimonial, necessária antes de Cristo. Mas após a morte do Senhor, cumprir esse ritual era buscar justificação pelas obras; por isso Paulo rebateu essa posição, pois o necessário agora era demonstrar e exercer fé no sacrifício de Jesus, e nada mais. Querer, portanto, praticar esse ritual depois que foi cancelado, era tentar justificar a si próprio, o que contraditava o Evangelho de Jesus.
Por isso Paulo enfatizava: “Por obras da lei ninguém será justificado.” Corretíssimo. A Lei Cerimonial não se compunha somente do dogma da circuncisão, mas de uma infinidade de cerimônias; porém, o problema na ordem do dia é ela. O foco principal discorrido entre Paulo e os demais, é a circuncisão comentada na epístola.
Gálatas 2:21 – “Não anulo a graça de Deus, porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu inutilmente.”
Antes do advento do Messias, Deus dera aos judeus, em especial, um ritual maravilhoso. Um conjunto de cerimônias, acompanhado de variadas ordenanças. Sua obrigação era exigível, pois todo o cerimonial apontava para Jesus. Era portanto necessário até que Ele viesse. Vindo porém o Filho de Deus, todo aquele cerimonial, embora belo e requerido, tornara-se inútil, pois era sombra de Jesus (Hebreus 10:1). Paulo por sua vez, compreendeu assim, aceitou o fato e colocou-o em prática. Por isso, indignou-se, ao ver, agora, novamente os discípulos voltarem a circuncidar-se.
Mais irritado ficou, ao notar os próprios apóstolos presenciarem essa disposição de suas ovelhas e nada fazerem. Permaneciam inertes. Daí causar, em Paulo, repulsa tal que levou a repreender não somente os discípulos mas também a Pedro. Paulo não concordava de modo algum, com a atitude daqueles homens que tiveram repetidas vezes o esclarecimento do plano de salvação. Um plano tão detalhado, com o seu cumprimento na morte vicária de Jesus, voltar agora aos rituais abolidos. E se essas praticas pudesse justificar o oferente, então Jesus teria morrido em vão, asseverava Paulo.
Ressaltando que a “lei” focada é sem dúvida nenhuma a Lei Cerimonial, pois tudo está exatamente dentro do mesmo fim explicativo de Paulo, da seqüência do pensamento discorrido por ele no capítulo 2. Por isso não há por que isolá-lo. Isolando-o, perderá seu sentido real. Destruirá o pensamento proposto e ardorosamente defendido por Paulo.


Gálatas 3:10 – “Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as cousas escritas no livro da lei, para praticá-las.”

Se tivéssemos aberto a Bíblia agora, tomando este versículo separado, lendo-o, e em seguida fechando-a, certamente iríamos interpreta-la de maneira errônea. Mas infelizmente é dessa forma que a mensagem do apóstolo Paulo é estudada por muitos. Servindo-se deste versículo, muitos pregam inverdades e escrevem grosseiras falsidades, enganando muita gente sincera.
1.º – Quem pratica ou permanece em “todas cousas escritas no livro da lei” está sob maldição. Logicamente não poderá ser a Lei Moral ou os Dez Mandamentos, que a Bíblia nos mostra sem deixar qualquer dúvida. As Escrituras deixam bem claro que os Dez Mandamentos são eternos e não mudam. E estes mesmos Dez Mandamentos entregue a Moisés no monte Sinai foram divididos sabiamente em duas partes pelo Seu Criador.
Os quatro primeiros dizem respeito à nossa obrigação para com Deus, e os seis restantes, para com o nosso próximo. Assim que, amar a Deus de todo coração, de toda a alma e entendimento, é cumprir os primeiros Quatro Mandamentos da primeira tábua de pedra. E amar nossos semelhantes como a nós mesmos é cumprir os Seis Mandamentos restantes na segunda tábua de pedra. Portanto se isso é maldição, pedimos-lhe para afirmar: é irracional, incabível, insuportável e inverossímil.
2.º – Essa lei que Paulo menciona foi escrita em um livro. Portanto, só isso bastaria para os sinceros crentes compreenderem que essa lei focada pelo apóstolo é a Lei Cerimonial, haja vista que os Dez Mandamentos foram escritos pelo próprio Deus e em pedras (Êxodo 31:18). Ora, pedra é granito, livro é pergaminho, pele de animal e casca de madeira. Por isso mesmo é bastante diferente. Ademais, quem escreveu essa lei insistentemente abordada em Gálatas, não foi Deus, e sim Moisés, é o que descobrimos na leitura de Deuteronômio 31:24, que diz: “Tendo Moisés acabado de escrever, integralmente, as palavras desta lei num livro…”
Gálatas 4:5 – “Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.”
A Lei Cerimonial apontava para Cristo como afirma Paulo, e Cristo veio exatamente para tomar o lugar da oferta que era morta no ritual da manhã e da tarde, pelo pecado. (Êxodo 29:38 a 41; Isaías 1:13; Malaquias 2:8 e 9). Ele acabou com todos os símbolos que apontavam para Sua obra redentora. Por isso recebemos a “adoção de filhos”. Fomos precipitados pelo pecado, perdemos a condição de filhos; entretanto agora, arrancados das garras de Satanás, fomos “adotados” por Cristo, pelo Seu sangue e sacrifício na cruz do Calvário. Paulo procurava insistentemente mostrar aos gálatas que, com a vinda do Messias Jesus, o homem não podia ser salvo sob o judaísmo, escorado na Lei Cerimonial.
Gálatas 4:9 e 10 – “Mas agora, conhecemos a Deus, ou antes, sendo conhecidos de Deus, como estais voltando outra vez, a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses e tempos, e anos.”
Após um longo estudo sobre as diferenças entre a Lei Moral e Cerimonial, temos certeza absoluta onde encaixar e enquadrar “esses rudimentos fracos e pobres.” Entretanto deixaremos bem gravado que a “lei” enfocada novamente por Paulo, é aquela que a Bíblia nos diz ser: Lei Cerimonial, porque:
1.º – Na seqüência do pensamento de Paulo está se mostrando a inutilidade daquelas cerimônias introduzidas pelos judaizantes em sua ausência. Diz que é maldito (Gálatas 3:10) todo aquele que praticar aquelas obras, depois que se tornaram obsoletas. Por outro lado, na Lei Moral, não existem cerimônias. Pelo contrário Ela enobrece o homem, moralizando-o, daí não conter maldição.
2.º – Menciona Paulo que a Lei Cerimonial foi escrita em um livro (Gálatas 3:10), ao passo que a Lei Moral foi escrita em blocos de pedra (Êxodo 31:18).
3.º – Diz Paulo que a Lei Cerimonial tinha um propósito: mostrar a obra redentora de Cristo. E isso não pode ser requerido da Lei Moral. Nos Dez Mandamentos não há ordem para circuncidar, nem matar animais, ou outro ritual qualquer, os quais simbolizavam e apontavam a obra de expiação de Jesus.
4.º – Ninguém será maldito por guardar a Lei Moral; pelo contrário, ela ajuda o homem a tornar-se elevado, nobre e a ter bons princípios. A Lei do Senhor (Dez Mandamentos) é perfeita (Salmo 19:7).
5.º – A Lei Moral não tem “rudimentos”, e sim “Mandamentos” (Salmo 119:34 a 36). Em Romanos 7:12: “Por conseguinte, a Lei é santa; e o Mandamento santo, e justo, e bom.”
Fica por conseguinte, claríssimo que a “lei” de “rudimentos fracos e pobres” jamais pode ser a Lei Moral, que é enaltecida por Paulo, e que mesmo a fé não pode anular (Romanos 3:31). “Pelo contrário, a Bíblia diz que os Dez Mandamentos e o testemunho de Jesus são requisitos, características, para distinguir os filhos de Deus, nos momentos finais deste mundo. (Apocalipse 12:17 e Apocalipse 14:12).”
6.º – Portanto a Lei Cerimonial é que se enquadra no texto, pois ela, sim tem “rudimentos”, e estes são comprovadamente, “fracos e pobres”, foram e são impotentes para justificar. Cumpriram sua missão e pronto. Acabou. E note o paradoxo, foram anulados pela fé em Cristo.
7.º – A Lei Moral não exige a guarda de “dias” e sim de “um” dia, ordenado por Deus – o Sábado – memorial eterno do Seu poder Criador.
8.º – Na lei Cerimonial havia sim “dias”, “meses” e “anos”. Eram sete festas anuais, consideradas feriados altamente solenes, são elas:
1.ª – Páscoa.
2.ª – Festa dos Pães Asmos.
3.ª – Festa das Primícias (Pentecostes).
4.ª – Memória da Jubilação (Festa das Trombetas).
5.ª – Dia da Expiação.
6.ª – 1.º Dia da Festa dos Tabernáculos.
7.ª – Último Dia da Festa dos Tabernáculos.
Estas festas se davam no decorrer do ano judaico. Eram datas fixas em dias móveis. Por exemplo, data fixa quer dizer: um dia de determinado mês. Dia móvel indica que esse dia podia cair em uma segunda, quarta, quinta, sábado, etc. (Assim como o nosso sete de setembro, que é feriado nacional, não cai continuamente no mesmo dia da semana, porém é uma data fixa – sete de setembro). Eram “dias” guardados com tanta solenidade pelos judeus que se assemelhavam ao sábado do sétimo dia da semana, porque, naqueles “dias” em que caíam tais festas, toda a nação parava. [Veja também em Guiados Para Vencer I: Comparando a Lei Moral e a Lei Cerimonial].
Os afazeres cotidianos e seculares findavam, semelhante ao que faziam durante o Sábado do Senhor. Aliás esses “dias” eram também chamados de sábados (Isaías 1:13 e 14; Oseías 2:11). A páscoa ocorrida na semana em que Cristo foi crucificado, coincidiu cair no dia de Sábado do Sétimo dia da semana; por isso foi “grande aquele Sábado” (João 19:31). Era o sábado cerimonial, dentro do Sábado Moral dos Dez Mandamentos.
Assim que, os gálatas guardavam “dias” (eram esses feriados), “meses” (porque eram meses fixos), e “anos” (durante todos os anos, até a morte de Jesus – Hebreus 10:1). Exatamente como enfatizou Paulo aos gálatas, que retornavam ao judaísmo, empurrados pelos professores judaizantes.
Portanto nada mais claro e lógico que a “lei” insistentemente abordada por Paulo aos gálatas não é outra senão a Lei Cerimonial. É o que diz a Bíblia. Resta de sua parte a decisão para aceitar.

Gálatas 5:1 a 4 – “Estais pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do julgo da servidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E de novo protesto a todo homem que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós, os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído.”
Observe que Paulo novamente enfatiza o tema central especulativo da epístola: a circuncisão. Os gálatas buscavam com “ousadia e muita severidade” a justificação pelas suas próprias obras, e o apóstolo sabia que nada disso tinha valor; mesmo que eles observassem todos os ritos mosaicos com a maior sinceridade, de nada adiantaria. O homem só será justificado e salvo pela fé em Cristo, nada mais.
Paulo então determina, como que cansado de falar, argüir e repreender: “Se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará”. E isso é fácil de compreender agora, pelo estudo que fazemos de toda a epístola de Gálatas.
Cristo Jesus morreu. Sua morte cancelou a Lei Cerimonial. Agora era necessário apenas exercer fé no ressurreto Filho de Deus, para que o homem fosse justificado. Isso é graça. Se os gálatas continuassem a buscar a justificação pelo cumprimento e prática das obras da Lei Cerimonial, a graça não teria nenhum valor para eles. Por certo, “da graça cairiam”.
Gálatas 5:6 – “Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem virtude alguma; mas a fé que opera pelo amor.”
Que clareza meridiana! Que declaração límpida! Perceptível! Só uma mente cauterizada, indecisa, deixará de alcançar o que Paulo passou toda a epístola combatendo, lutando para colocar na mente dos gálatas que o ritual da circuncisão, sendo parte integrante e saliente dos dogmas cerimoniais, perdera o seu valor e significado com o advento do Messias. Aliás, para eles isso não era uma doutrina nova, fora o evangelho que Paulo lhes pregou anteriormente. Eles haviam aceitado desta forma e até posto em prática, pois o que se depreende do versículo seguinte é isso, note bem o versículo de Gálatas 5:7.
Gálatas 5:7 – ” Vós corríeis bem; quem vos impediu para não obedeçais à verdade?”
“Quem vos impediu…?
Observe a enfática indagação de Paulo.
Quem?… Os professores judaizantes. Eles adoçaram sua mensagem de tal maneira, que não demorou muito e os gálatas estavam todos elevados e apegados à circuncisão. Os tais professores, naturalmente, devem ter-se servido de argumentos contundentes, porque, deixar os ensinamentos de Paulo anteriormente recebidos, para aceitar aquelas ordenanças agora obsoletas, apagadas, sem vida, é demais.
Gálatas 5:10 e 12 – “Confio de vós, no Senhor, que não alimentareis nenhum outro sentimento; mas aquele que vos perturba, seja ele quem for, sofrerá a condenação. Tomara até se mutilassem os que vos incitam à rebeldia.”
Paulo pregava o evangelho da liberdade. Cristo concedera a liberdade pelo Evangelho. Fé, somente fé em Seu sacrifício. Fé e testemunho em favor de Cristo, eis tudo que era necessário. Entretanto, queriam novamente os gálatas meter-se debaixo da servidão do ritual mosaico; reviver os momentos solenes do sistema sacrifical e da infinidade de cerimônias, agora inúteis e sem nenhuma expressão, pois Jesus Cristo, o justo, tornara-Se a oferta viva pelo pecado, o Cordeiro Pascal, e, assim, abolira a Lei Cerimonial, conforme a mesma segura e abalizada palavra do apóstolo Paulo em Colossenses 2:14“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, cravando-a na cruz.”
Foi realmente o que aconteceu. Quando exausto o Salvador expirava na cruz, lá no Templo de Jerusalém o sacerdote se preparava para oficiar o ritual da tarde, alheio ao magistral acontecimento daquele fatídico dia.


O cordeirinho estava amarrado sobre o altar, semelhante ao que era feito por milênios. Naquela tarde, como de costume, o animalzinho seria sacrificado. Ao bradar Jesus: “está consumado”, toda a natureza se mostrou repulsa pelo triste quadro, retirando sua luz natural, e os elementos, entrando em comoção, suspiravam pela vida de Seu Criador, enquanto que miraculosamente, o cordeiro se desprende do altar e foge, deixando apavorado o sacerdote ministrante, e, para seu completo desentendimento daquela situação, nota que o véu do templo, que separava o lugar santo do santíssimo, rasga-se de alto a baixo por mãos potentes e invisíveis (Mateus 27:51).
Era o cumprimento in-loco de todas as profecias messiânicas do Antigo Testamento. Em especial a de Daniel 9:27, que agora cumpre-se fidedignamente:
Daniel 9:27 – “Ele fará firme Aliança com muitos, por uma semana; na metade fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares…”
Terminara portanto o ritual que por milênios impressionara os judeus. Pendia altaneiro do Gólgota o Messias Jesus, e agora, a cruz tornara-se o emblema de fé, símbolo de salvação. Findara a era da justificação pelas obras da Lei Cerimonial, e raiava a era da justificação pela fé em Cristo. E isso os gálatas rejeitavam, absorvidos pelo vento de doutrinas dos “professores judaizantes”.
Gálatas 6:13 – “Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis para se gloriarem na vossa carne.”
Neste versículo Paulo deixa claro que todo o tema e preocupação da epístola de Gálatas, são motivados pela circuncisão. Isso aceitarão os sinceros de coração que são os “cidadãos do Céu”; porque afirma o apóstolo, aqueles heréticos ensinadores “professores judaizantes” que despertaram novamente a circuncisão na igreja dos gálatas, eles mesmos não guardavam a Lei Cerimonial, por que esta não se compunha apenas do rito da circuncisão, mas de uma infinidade de ritos cerimoniais.
Viaje em pensamento até a Igreja de Corinto, sente-se no primeiro banco, poste-se diante do Rei do Céu, pois convidamos o campeão da cruz, para pregar um grandioso sermão para você. Ei-lo:
I Coríntios 7:19 – “A circuncisão, em si, não é nada; a incircuncisão também nada é, mas o que vale é a observância dos mandamentos de Deus.”
Aqui Paulo define claramente as duas leis do conflito dos gálatas. Nega com veemência a lei da circuncisão (Cerimonial) e realça os mandamentos de Deus (Lei Moral). Assim com a descoberta da lei que Paulo menciona insistente e exaustivamente, na Epístola aos Gálatas, cuja preocupação geral foi a circuncisão, leva-nos sem dúvida até a Lei Cerimonial.
A Lei de Deus, revela a condição do homem, é como um espelho que nos mostra como estamos, cabe a essa Lei mostrar o nosso pecado, e a Cristo, quando assim permitimos através da verdadeira fé e obediência, remove-los, nos ajudando assim a alcançar a graça de Sua salvação.
Esta gloriosa “lei” que revela a condição do homem, que lhe mostra o pecado, que é sobretudo o fundamento do Seu governo, de Seu caráter, será norma de justiça no grande julgamento do Senhor, o DIA DO JUÍZO. (Eclesiastes 12:13 e 14; II Coríntios 5:10)
A decisão deve ser feita. Lembre-se: você será um vencedor, se for humilde, em aceitar o que diz a Bíblia.